
Armadilhas coletam ovos e sistema com inteligência artificial faz a análise dos dados
A caça ao mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika, tem um importante aliado em Natal. A capital utiliza um método inovador, que combina a tecnologia de baixo custo das ovitrampas, com um sistema de inteligência artificial. A ovitrampa é uma espécie de armadilha, que simula um ambiente propício de proliferação e captura os ovos colocados pelo mosquito transmissor. As informações são compiladas em um algoritmo do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN), que ajuda a prevenir o surgimento de novos vetores de contaminação.
A medida é uma das principais ações do Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria de Saúde de Natal (CCZ/SMS), diz a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS), Vaneska Gadelha, porque combate o aedes aegypti antes mesmo dele nascer. “A gente só tinha um único norteador que era a vigilância epidemiológica, que vigia o adoecimento da população, e hoje Natal também tem a vigilância entomológica para guiar as ações de combate ao vetor. A ovitrampa é um monitoramento ‘padrão ouro’ para o Ministério da Saúde, e Natal vem desenvolvendo novas estratégias utilizando todo o potencial que a ovitrampa nos dá”, conta
A ovitrampa é montada com um recipiente, uma palheta de madeira e um clipe de papel. O recipiente é preenchido com água e a palheta é fixada com o clipe na lateral do vasilhame. As armadilhas são deixadas em pontos estratégicos da cidade pelo período de uma semana. Após isso, os agentes fazem a retirada das ovitrampas e encaminham as palhetas, nas quais os ovos dos mosquitos transmissores ficam depositados, para análise laboratorial das equipes técnicas do CCZ. Os ovos são contados um a um e com esse dado em mãos, é possível identificar as áreas com a maior densidade de mosquitos fêmeas.
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