Marcos e Brena ficaram juntos por mais de 10 anos. Hoje, ela foi condenada pela autoria intelectual do assassinato de seu companheiro
Após três dias de julgamento, a 3ª Vara de Macaíba condenou nesta quinta-feira (4) três dos quatro acusados pelo homicídio do empresário e funcionário da Caern, Marcos Antônio Braga Ponte.
A vítima tinha 60
anos quando foi sequestrada e assassinada no distrito de Mangabeira, em
Macaíba, em 21 de setembro de 2018.
Os sete jurados que integram o Conselho de Sentença do Júri Popular
decidiram pela condenação a penas superiores a 18 anos para os culpados.
De acordo com informações do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte
(TJRN), a ex-companheira do empresário, Brena Katuana da Silva, foi
condenada como autora intelectual do crime. Ela, que segue presa, irá
cumprir uma pena de 18 anos e 8 meses de reclusão.
Ivan Vicente Ferreira Júnior e José Weverton dos Santos Bento, que
participaram da execução do crime, tiveram uma pena maior por serem o
assassino e o comparsa, respectivamente. Ambos foram condenados a 21
anos e 4 meses de reclusão. Eles também seguem presos.
O
quarto acusado do crime, Tomaz Jorge da Silva Emiliano, foi absolvido
pelo júri. Ele era acusado de ter participado do homicídio por ter
supostamente oferecido a arma utilizada no assassinato. No entanto,
segundo o TJ, seus advogados conseguiram comprovar diante do Conselho de
Sentença que ele não participou do crime.
O
julgamento começou na última terça-feira (2), no Fórum Municipal
Ministro Tavares de Lyra, em Macaíba. Marcos Antônio Braga Ponte deixou
três filhos, quando foi assassinado em setembro de 2018. Ele e Brena,
autora intelectual de sua morte, tiveram um relacionamento que durou
mais de 10 anos.
Relembre o caso
Marcos
Antônio Braga Ponte foi morto em setembro de 2018 após ser sequestrado
enquanto saía de um bar na Avenida Alexandrino de Alencar, no bairro do
Alecrim, na zona Leste de Natal. À época, ele tinha 60 anos e, além de
empresário, era funcionário da Companhia de Águas e Esgotos do Rio
Grande do Norte (Caern).
De acordo com as
investigações da Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), a
vítima foi morta poucas horas após ser sequestrada. O corpo de Marcos
Antônio foi encontrado em uma estrada de terra no distrito de
Mangabeira, em Macaíba, na Região Metropolitana de Natal.
Com
o avanço das investigações, que se deram no âmbito da Operação
Aleivosia, a polícia chegou a Ivan Vicente Ferreira Junior, conhecido
como “Junior Cabeça” e Tomás Jorge da Silva Emiliano, em abril de 2019.
Segundo a DHPP o assassinato de Marcos Antônio foi planejado pela
companheira dele, Brena Katuana da Silva, com apoio de Ivan Vicente
Para
isso, os dois, que mantinham um caso amoroso às escondidas, contaram
com a ajuda de pessoas próximas a Ivan. Em 2019, policiais da DHPP
cumpriram sete mandados de busca e apreensão nas casas dos acusados. A
polícia descobriu que Ivan Vicente era suspeito de tráfico de drogas,
com atuação na comunidade do Japão, na zona Oeste da capital potiguar.
No
apartamento onde Brena Katuana morava, foi cumprido um mandado de busca
e apreensão e os policiais encontraram papelotes de cocaína, além de
uma balança de precisão. À ocasião, a suspeita não foi presa, mas
respondeu a um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) pelo crime de
uso de droga para consumo pessoal.
A prisão de
Brena ocorreu um mês depois, quando os policiais deram cumprimento a um
mandado de prisão preventiva contra ela. Ainda na operação, a polícia
apreendeu duas armas e 270 munições de calibre ponto 40 na casa de Tomás
Jorge. José Weverton dos Santos Bento, o “Tonca”, também é suspeito de
envolvimento na morte do empresário e teve a prisão decretada pela
polícia em 2019.
Marcos Antônio foi executado
com diversos disparos de arma de fogo, conforme as investigações. O
autor do crime teria agido com a colaboração de coautores do bairro das
Quintas, em Natal, região onde ele atuava diretamente com o tráfico de
drogas.
Tribuna do Norte
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