A taxa de desocupação do Rio Grande do Norte para os meses de abril a junho de 2022 ficou em 12%, abaixo dos níveis observados na pré-pandemia.
No último trimestre de 2019, a taxa foi de 13%. Os dados
são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) divulgada
nessa sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Estatística e
Geografia (IBGE). Com o resultado, o RN apresentou melhoria nos índices,
mas tem 6ª maior taxa de desocupação do País.
A PNAD mostra ainda que houve uma diminuição de 2,1 pontos percentuais,
em relação ao trimestre anterior, que registrou 14,1%. Em comparação ao
mesmo trimestre de 2021, a taxa de desocupação potiguar registrou uma
diminuição de mais de 4 pontos percentuais.
O índice à época foi a
16,3%. A pesquisa mostra que o Estado evoliu menos que outras unidades
da Federação. No primeiro trimestre, Acre (14,8%), Alagoas (14,2%) e
Amapá (14,2%) tinham percentual maior que o Rio Grande do Norte, que
registrava 14,1% de desempregados. Porém, em três meses, os três estados
conseguiram ficar abaixo dos 12%.
Em números absolutos, a PNAD Contínua estima que a força de
trabalho potiguar é de 1,56 milhão de pessoas, sendo 1,37 milhão de
pessoas ocupadas e 188 mil desocupadas no último trimestre. Com isso, o
número de desocupados caiu 15,3% na comparação com o trimestre anterior e
22,4% ante o mesmo período do ano passado.
Essas
mudanças seguem a mesma tendência observada na Região Nordeste como um
todo, em que houve diminuição da taxa de desocupados de 14,9% para 12,7%
da população em idade de trabalhar se comparado ao trimestre anterior. A
mesma tendência foi observada em nível nacional, com a taxa de
desocupados caindo de 11,1 para 9,3%.
São
consideradas desocupadas as pessoas que estavam sem trabalho e que
tomaram alguma providência para conseguir emprego, como entregar
currículo, atender a entrevistas de emprego, inscrever-se em concurso,
entre outras atitudes. Essas pessoas estavam disponíveis para assumir o
posto de trabalho naquela semana caso o tivessem encontrado, porém não
obtiveram êxito.
Nível de Ocupação e Taxa de Participação
No
Estado, dos 2,9 milhões de potiguares em idade de trabalhar (14 anos de
idade ou mais), 1,377 milhão está ocupado. Isso significa que o nível
de ocupação no Rio Grande do Norte é de 47,5%, considerado estável em
relação ao trimestre anterior.
A taxa de participação da força de
trabalho, que mede a proporção das pessoas ocupadas e desocupadas em
relação à população em idade de trabalhar, foi de 54%, abaixo da média
nacional de 62,6%.
Número de desalentados diminui
A
pesquisa traz também informações sobre a força de trabalho potencial,
que engloba os desalentados e os indisponíveis. Embora haja queda nesse
indicador em relação ao ano anterior, o dado é estável em relação ao
primeiro trimestre de 2022. Entre abril e junho deste ano, havia 232 mil
pessoas na força de trabalho potencial do RN, sendo 151 mil
desalentadas e 81 mil indisponíveis.
São
considerados desalentados aqueles que não estavam trabalhando nem
procuraram emprego nos últimos 30 dias, mas que declararam ter interesse
e disponibilidade para trabalhar na semana em que foram entrevistadas.
Entre os indisponíveis estão aqueles que, embora tenham declarado
interesse em trabalhar, não teriam condições de assumir uma vaga na
semana anterior à que foram entrevistados por motivos diversos, como:
estudo, afazeres domésticos e cuidado de filhos ou dependentes.
Rendimento médio no RN é o maior do Nordeste
Estimado
em R$ 2.061, o rendimento médio real habitualmente recebido por mês no
estado potiguar permaneceu como o maior da região Nordeste tanto para
homens quanto para mulheres, mas ficou atrás da média nacional (2.652
reais).
No segundo trimestre de 2022,
estima-se que as trabalhadoras potiguares tenham recebido, em média,
rendimentos de 1.721 reais por mês, enquanto homens receberam 2.135
reais, em média. No mesmo período, o nível de ocupação feminino foi de
37,8% no estado, enquanto o masculino foi de 57,9%. Isso representa uma
proporção de quase três homens para cada duas mulheres na população
ocupada do RN.
Tribuna do Norte
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