
São Paulo — Símbolo de irreverência e transgressão na música brasileira, Rita Lee vai inovar até mesmo na sua despedida de familiares, amigos e fãs. Ao contrário do que ocorre nas mortes de artistas paulistas, o corpo da rainha do rock, nascida e criada em São Paulo, não será velado no Hall Monumental da Assembleia Legislativa (Alesp), mas no planetário do Parque Ibirapuera, que fica do lado oposto da avenida.
Como uma última homenagem, a família escolheu o local de passeio preferido da cantora na cidade para velar o corpo de Rita Lee, que morreu na segunda-feira (8/5), aos 75 anos, após lutar contra um câncer no pulmão, diagnosticado em 2021. Como ela mesmo escreveu em “Rita Lee — uma autobiografia”, publicada em 2016, o parque era sua “floresta encantada”.
Na obra, a cantora também fez uma clara advertência, para o dia que viria a ser hoje, àqueles que circulam por palácios como a insípida sede do Parlamento paulista, do outro lado da avenida: “Nenhum político se atreverá a comparecer ao meu velório, uma vez que nunca compareci ao palanque de nenhum deles e me levantaria do caixão para vaiá-los”, escreveu Rita Lee.
Aberto ao público
A pedido de Rita Lee, não deve ter nem flores nem velas. O local deve receber uma iluminação especial com luzes de led. Depois das 17h, haverá uma cerimônia reservada para familiares e amigos. Em seguida, o corpo da cantora será cremado em São Paulo, outro pedido feita por ela.
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