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quinta-feira, 7 de março de 2024

Março Lilás alerta para prevenção contra o câncer

O Março Lilás é o mês de conscientização sobre a prevenção contra o câncer de colo do útero. De acordo com relatório anual do Instituto Nacional de Câncer (INCA), divulgado em 2023, é o terceiro tumor maligno mais incidente entre mulheres no Brasil. A estimativa deste levantamento prevê que 17 mil novos casos serão diagnosticados para cada ano do triênio 2023-2025. Já no RN a incidência estimada para 2023 foi de 280 casos novos, com a taxa de 15,33 casos a cada 100 mil mulheres.

Na mortalidade por câncer em mulheres, no ano de 2021, os óbitos por câncer de colo do útero ocuparam o quarto lugar entre a camada feminina da população, com 6.606 mortes. Isso representou 6,05% do total. O câncer do colo do útero é o segundo mais recorrente nas Regiões Norte e Nordeste, com 20,40 e 17,59 casos a cada 100 mil mulheres, respectivamente, nesta ordem.

O câncer de colo do útero é causado principalmente pelo contágio persistente do HPV, o Papilomavírus Humano, a infecção sexualmente transmissível mais comum. Na maioria dos casos, as pessoas são infectadas de forma assintomática. Os primeiros sintomas demoram a aparecer, sendo manifestados com sangramentos, corrimento anormal, dores abdominais, queixas urinárias e dores durante a relação sexual. A infecção pelo vírus pode ser evitada por meio da vacinação, disponível na rede pública e privada. Além da imunização, outro método de prevenção é o exame do Papanicolau.

“A vacina tem o tipo bivalente, que é o disponibilizado no SUS, e hoje a gente já tem até a nona valente, que tem outro subtipo de câncer e que aí aumenta ainda a proteção para até 90% do câncer de colo do útero. E outra coisa também relacionada à prevenção seria o exame do Papanicolau. O exame é recomendado para as pessoas com a vida sexual ativa, especialmente para as mulheres até 64 anos. E através desse exame você consegue detectar as lesões que estão pré-cancerígenas e também pode detectar a doença antes de ela vier trazer algum tipo de sintomas”, explica a oncologista Recidia Rayane Fernandes, que enfatiza a importância da vacinação contra o HPV.

A oncologista explica que o tratamento varia de acordo com o estágio que a doença atinge. Sendo cirúrgico nos casos mais iniciais, com a remoção de parte ou completa do útero, podendo em algumas situações precisar de sessões de quimioterapia, radioterapia e nos mais avançados somente a quimioterapia, como também, a imunoterapia.

De acordo com Recidia, a incidência dos casos e a própria mortalidade pela doença está relacionada à dificuldade no acesso à saúde em algumas regiões, que impossibilitam a realização do diagnóstico precoce, e à vacinação contra o HPV, que é um dos principais causadores do desenvolvimento do câncer de colo do útero.

Vacinação

A vacinação contra o HPV é a medida mais eficaz de prevenção contra a infecção. O imunizante é distribuído gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e é indicada para meninas de 9 a 14 anos, com esquema de duas doses. As adolescentes que receberam a primeira dose dessa vacina nessas idades, poderão tomar a segunda dose, mesmo ultrapassando os seis meses do intervalo preconizado, para não perder a chance de completar o seu esquema.

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