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terça-feira, 18 de junho de 2024

Ao lado de ministras, Fátima Bezerra critica PL do Aborto: “Criança não é mãe”

"O projeto vem no sentido de criminalizar as mulheres e principalmente as nossas crianças", disse a governadora
 
Ao lado de ministras, Fátima Bezerra critica PL do Aborto: "Criança não é mãe"

Fátima Bezerra ao lado da ministra da Cultura, Margareth Menezes, e da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves - Foto: José Aldenir/Agora RN

Durante o evento de Seminário Nacional de Mulheridades e Cultura, que teve abertura nesta terça-feira 18, no Complexo Cultura Rampa, em Natal, a governadora Fátima Bezerra (PT) se posicionou contra o projeto de lei 1904, conhecida como PL do aborto. Ao lado da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e da ministra da Cultura, Margareth Menezes, a chefe do Executivo estadual criticou o projeto. “Não ao PL 1904. Criança não é mãe”, disse.

A governadora acompanhou a fala da ministra Cida Gonçalves, que se colocou contra o projeto de lei que equipara o aborto após a 22ª semana de gravidez ao homicídio e mencionou um aumento na violência sexual contra mulheres e meninas. “Como nossa ministra muito bem colocou, o que nós estamos tratando aqui é de direito. A nossa constituição é muito clara quando ela já permite o aborto em três ocasiões: risco de vida, estupro ou anencefalia, isso está na lei há 84 anos”, mencionou a governadora.

“O projeto, que em segundos eles aprovaram a urgência, vem no sentido de criminalizar as mulheres e principalmente as nossas crianças vítimas do ato criminoso do estupro em toda sua complexidade. Dói no coração quando a gente vê que o estupro é cometido dentro de casa, quantas de nós não carrega esse trauma no peito”, completou Fátima Bezerra.

“A vida das crianças importa, a vida das mulheres importa. Não ao PL 1904”, finalizou.

Henrique Alves critica PL do aborto

O ex-deputado federal Henrique Alves usou as redes sociais na última segunda-feira 17 para criticar o projeto de lei (PL) do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que equipara o aborto acima de 22 semanas ao crime de homicídio – inclusive em caso de mulheres estupradas que ficaram grávidas.

“Este sensível tema do aborto já é corretamente tratado em lei há anos no Brasil! Não pode agora provocar qualquer viés ideológico ou religioso, e insanamente agravando punição às meninas estupradas e relevando situação do estuprador criminoso! A Câmara aprovou urgência para votação, e agora vergonhosamente vai mandar à merecida lata do lixo”, complementou Henrique Alves, em entrevista ao AGORA RN.

“O mais importante do constrangedor episódio: a sociedade brasileira redescobriu a sua força e foi às ruas! Além das redes sociais, as mulheres deram seu grito para o Brasil ver e ouvir”, pontuou.

No último sábado 15,diversos manifestantes marcaram presença no protesto contra a PL do aborto na capital potiguar. No ato, o grupo de pessoas cobrava a derrubada imediata do Projeto de Lei (PL) 1904/24.

O evento, que foi articulado principalmente pelo Movimento Olga Benário, contou com a presença de movimentos sociais no RN e levou o grupo de pessoas em caminhada até a avenida Salgado Filho.

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