Foto: Bruno Calixto
Com 5,65 milhões de hectares queimados, o mês de agosto responde por
quase metade (49%) da área queimada no Brasil desde janeiro deste ano. É
o que mostra o mais recente levantamento do Monitor do Fogo, do
MapBiomas, lançado nesta quinta-feira (12). Essa extensão é equivalente a
todo o estado da Paraíba.
Na comparação com agosto de 2023, foi um salto de 149%. Isso
significa que 3,3 milhões de hectares foram queimados a mais no mês
passado na comparação com o mesmo período do ano passado. Foi o pior
agosto da série do Monitor de Fogo, iniciada em 2019. As pastagens
respondem por um em cada quatro hectares queimados (24%) e se destacam
como a área de uso agropecuário que mais queimou em agosto.
São Paulo foi um dos destaques do período: 86% (ou 370 mil hectares)
da área queimada no estado entre janeiro e agosto deste ano ocorreu no
mês passado. O fogo atingiu predominantemente áreas agropecuárias
(88,7%), especialmente de cultivo de cana-de-açúcar, com 236 mil
hectares queimados. Os municípios mais afetados foram Ribeirão Preto,
Sertãozinho e Pitangueiras.
Quase dois terços (65%) da extensão queimada em agosto foi em
vegetação nativa, com as formações savânicas respondendo por um quarto
(25%) da área queimada no mês. Com isso, o Cerrado foi o bioma com a
maior área queimada em agosto de 2024, com 2,4 milhões de hectares, ou
43% de toda a área queimada no Brasil no período.
Amazônia foi segundo bioma mais afetado
Com
2 milhões de hectares queimados, a Amazônia vem em seguida. Dois
estados que mais queimaram em agosto ficam na Amazônia: Mato Grosso e
Pará; em seguida, vem Mato Grosso do Sul. Os municípios de São Félix do
Xingu (PA), Corumbá (MS) e Porto Murtinho (MS) foram os que apresentaram
as maiores áreas queimadas.
Área queimada no Brasil este ano mais que dobrou
Com
o crescimento da área queimada no Brasil em agosto, o total acumulado
desde janeiro mais que dobrou em relação ao mesmo período de 2023. Foram
11,39 milhões de hectares – 6 milhões de hectares a mais, ou um
crescimento de 116%, na comparação com o ano passado.
Quase
três em cada quatro hectares (70%) queimados foram de vegetação nativa,
principalmente em formações campestres, que representaram um quarto
(24,7%) de toda a área queimada no Brasil nos oito primeiros meses deste
ano. As pastagens lideram as áreas de uso agropecuário queimadas no
período, com 2,4 milhões de hectares.
Área queimada no Pantanal foi 249% maior
Entre
janeiro e agosto de 2024, a área queimada no Pantanal aumentou 249% em
comparação à média dos cinco anos anteriores. Foram 1,22 milhão de
hectares, 874 mil hectares a mais que a média. Mais da metade (52%)
desse total queimou em agosto. Os 648 mil hectares queimados em agosto
representam a maior área queimada já observada no Pantanal para esse mês
pelo Monitor do Fogo do MapBiomas.
O Globo
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