A candidata a prefeita Natália Bonavides (PT) está convicta de que vai ao 2º turno das eleições para a Prefeitura do Natal, seja contra Carlos Eduardo (PSD) ou contra Paulinho Freire (União Brasil). Ela questionou os resultados de uma recente pesquisa que mostrou Carlos Eduardo e Paulinho Freire quase empatados, e disse que nem o próprio Paulinho acredita nesses números.
“A forma como eles demonstraram, nas suas próprias contas eleitorais,
pagamentos a essa empresa, que não correspondem ao preço de pesquisas,
deixa claro que há uma relação nada republicana envolvida”, criticou
Natália, em entrevista ao AGORA RN.
Ela
enfatizou que tem andado diariamente pelos bairros e acredita que
“ninguém caiu nessa” pesquisa, que, segundo ela, reflete o desespero de
ver o crescimento rápido de sua candidatura.
Sobre plano de
governo, Natália destacou que suas primeiras providências enquanto
prefeita incluirão: a expansão de vagas em creches por meio de convênios
emergenciais com entidades filantrópicas, a requalificação das lagoas
de captação para evitar alagamentos, a licitação para o transporte
público e a modernização do sistema de marcação de consultas.
Sobre
o turismo, Natália Bonavides afirmou que a infraestrutura precária da
Praia de Ponta Negra e o transporte ineficiente comprometem o setor. Ela
disse que sua gestão investirá em acessibilidade e em diversificação
das atrações turísticas. Também criticou o processo de condução da
engorda da praia.
Confira a entrevista completa com a candidata do PT:
AGORA RN – Se eleita, quais serão suas primeiras ações na Prefeitura?
Natália
Bonavides – Nós temos vários temas estruturantes que precisam ser
resolvidos em Natal, e alguns deles são emergenciais. Então, eu e o
nosso vice, Milklei, temos tratado alguns temas como aqueles que vão,
ainda durante a nossa equipe de transição, começar a ter a sua estrutura
desenhada, para que já em janeiro a gente possa ir colocando em
prática. Eu mencionaria aqui quatro deles.
Um é o tema das
creches. Desde 2015, Carlos Eduardo começou o sorteio de crianças nas
creches. Álvaro Dias continuou, e isso sequer foi tema nas últimas
eleições. Eu tenho muito orgulho de, como a única mulher candidata a
prefeita nessas eleições, ter pautado exaustivamente esse assunto até
fazer com que todos os outros candidatos tivessem que se comprometer.
Nós sabemos que Natal tem dez obras paradas de creche, que Carlos
Eduardo na época recebeu recursos do governo federal do PT e não
finalizou.
Álvaro Dias também não finalizou, e nós vamos
finalizar. Mas, como medida emergencial, porque terminar uma obra leva
tempo, nós vamos, na equipe de transição, desenhar um programa de
convênios com entidades filantrópicas e organizações da sociedade civil
para abrir vagas de forma emergencial para que já no ano que vem nós
possamos trabalhar para zerar a fila.
Outro tema é o das lagoas
de captação. Hoje, na nossa cidade, nós vivemos pontos de alagamento que
são os mesmos há décadas. Nós já sabemos quais são os períodos em que
as pessoas que moram ali perto vão ter água até o pescoço dentro de
casa, vão ter que sair de casa, vão perder elétricos domésticos, vão
perder seus bens. E nós queremos fazer uma parceria com o Ministério das
Cidades do governo Lula para, também, ainda durante a equipe de
transição, desenhar o plano emergencial de requalificação das lagoas de
captação.
Um outro é o tema do transporte. Já virou até piada
entre a população o fato de que todos os candidatos à prefeitura
prometem fazer licitação e não fazem. Eles não têm coragem de fazer.
Eles fazem com que a população fique submetida ao que as empresas de
ônibus decidem e eles concordam com isso. Eu cheguei a entrar com a ação
depois da pandemia, porque as linhas de ônibus não retornaram. E eu
consegui decisão a favor e isso não adiantou.
A Prefeitura e o
Seturn disseram que era para o meu pedido ser rejeitado e para as linhas
continuarem fora. Então, nós vamos fazer o desenho da nova rede de
transporte durante a equipe de transição para que no primeiro semestre a
gente já possa lançar a licitação, um novo modelo de transporte.
E
por fim, é fazer um novo formato, uma nova metodologia de marcação de
consultas. As pessoas têm que sair de casa às três da madrugada para ir
para uma fila, para pegar uma ficha para entrar em outra fila. E isso é
feito de forma proposital, porque quando você dificulta a marcação, você
acaba escondendo, maquiando qual é a demanda real.
AGORA RN – A licitação do transporte é a solução para melhorar a qualidade do serviço? Como não subir a tarifa?
Natália
Bonavides – Nós somos hoje a única capital do Brasil que nunca fez uma
licitação de transporte. Hoje o contrato é inexistente e é como se fosse
uma relação de boca. É por isso que as empresas atuais não têm
comparecido às tentativas de licitação que foram feitas, porque é muito
cômodo ficarem sem nenhuma regra, sem nenhuma obrigação a seguir. E os
últimos prefeitos, notadamente Carlos Eduardo e Álvaro Dias, que é
aquela gestão que o candidato Paulinho Freire quer dar continuidade,
eles têm lançado editais de ‘faz de conta’, que eles já sabem que vão
dar deserto, sem nunca se importar em estudar que experiências estão
acontecendo no Brasil e no mundo de novas formas de governança para esse
tema.
A prefeitura faz a concessão do serviço, mas ela não tem
que abdicar de todo o poder de gestão nesse tema, senão o que acontece é
o que tem hoje. A empresa decide tirar uma linha, não passa por
aprovação em lugar nenhum e sequer tem um aviso. O trabalhador fica
sabendo quando chega lá na parada para perder o horário no trabalho,
quando vê que a linha não vai passar.
Então hoje já alguns
municípios do Brasil estão experimentando formatos novos de licitação,
com divisão dos objetos dos contratos, por exemplo. E existe um modelo
de governança que requer que a prefeitura tenha acesso aos dados do
próprio sistema. Hoje é o Seturn que tem os dados da bilhetagem, eles
são a fonte das informações sobre quantas pessoas pegam ônibus, por
exemplo.
E essa governança requer também que as empresas tenham
algumas obrigações. E uma delas vai ser, na nossa gestão, não poder
retirar uma linha de ônibus quando quer e pronto, sem que haja um
planejamento para a adaptação do sistema a isso.
Estamos fazendo
um debate sério sobre tarifa zero. E eu digo muito sério porque é um
tema que alguns candidatos tratam como inviável, impossível, mas isso é
porque não se estuda, nem vê as experiências que estão acontecendo hoje
no Brasil. Nós vamos, através do orçamento próprio da prefeitura,
iniciar um subsídio para o transporte que não é para as empresas, mas
sim para o povo trabalhador e aos poucos deixando de pagar tarifa. Por
exemplo, nós queremos começar essa experiência com o dia do domingo, que
é aquele dia que a nossa população gostaria de, por exemplo, ir para a
praia e não pode.
Por que fazer isso? Por que que uma prefeitura
deveria passar a utilizar orçamento público para o subsídio do
transporte das pessoas? Por que isso? E isso é visto, por exemplo, no
município aqui perto, em Caucaia, no Ceará, que adotou a tarifa zero de
forma integral. O retorno desse tipo de investimento é genial, porque
quando as pessoas começam a circular mais na cidade, elas começam a
consumir mais. E se elas vão circular mais economizando o que elas
gastavam de transporte, que no Brasil é o segundo maior gasto das
pessoas, do trabalhador com renda média, é no transporte, primeiro é com
a habitação e depois com o transporte, elas vão ter mais recursos
disponíveis para consumir.
A arrecadação do município cresce, a
cidade fica mais segura porque tem mais gente circulando, nós temos
vantagens ambientais e para o trânsito, porque com o transporte coletivo
sendo mais utilizado, diminui o número de carros, diminui o número de
acidentes de motos.

Natalia Bonavides durante entrevista na sede do AGORA RN / Foto: José Aldenir – Agora RN
AGORA RN – Quais são seus projetos para moradia na capital potiguar?
Natália
Bonavides – O nosso plano de governo fala desse tema com muita atenção,
não só em termos de regularização fundiária, mas em termos de
construção de novas unidades de habitação. Se você olhar o plano de
governo de Carlos Eduardo, por exemplo, não tem uma linha sobre a
construção de novas unidades.
E nós vamos fazer isso junto do governo Lula. Hoje nós temos uma
grande oportunidade, o Minha Casa Minha Vida voltou, o Ministério das
Cidades tem uma secretaria de periferias que tem recursos para não só a
construção de novas habitações, mas para reformas em habitações que
estejam em condições degradantes. Então, muitas vezes é mais racional
fazer a melhoria naquela habitação.
Esses três eixos,
regularização fundiária, melhorias habitacionais e construção de novas
unidades vão ser o nosso horizonte, o nosso norte nesse tema da
habitação. Até porque hoje a nossa cidade é dividida de uma forma que,
dependendo da região onde você mora, você tem acesso a direitos ou não.
Todo mundo está vendo esses recursos que estão sendo investidos atualmente pela prefeitura, eles são concentrados nas regiões mais ricas. Onde já tinha calçada boa, ele bota uma calçada nova. Onde já tinha asfalto bom, ele bota um asfalto novo. Aí você vai na Zona Norte e na Zona Oeste, e há ruas sem pavimentação. Com essa inversão de prioridades, a gente passará a priorizar as necessidades reais da população.
AGORA RN – E sobre a engorda de Ponta Negra, acredita que foi iniciada às pressas?
Natália
Bonavides – A engorda é uma obra necessária, precisa ser feita naquela
praia, que é o cartão postal da nossa cidade, que é fundamental para a
nossa economia, já que ela é, ainda hoje, baseada no turismo. E desde
2013 que se sabe da necessidade da engorda. Em 2012, inclusive, Paulinho
Freire era vice-prefeito de Micarla e houve um desmoronamento do
calçadão de Ponta Negra. Em 2013, assumiu Carlos Eduardo. E, em vez dele
começar os estudos para iniciar a engorda, que ele veio fazer anos
depois, ele fez aquele enrocamento, aquelas pedras que foram colocadas,
que encheram a praia de ratos e fizeram com que o processo de erosão
marítima ficasse ainda mais veloz.
Então, foi uma obra feita de
forma errada já naquele período. E hoje você tem Álvaro Dias, que passou
6, 7 anos na prefeitura. Teve 7 anos para fazer várias coisas na
cidade. E, de repente, é no ano eleitoral que ele começa a dizer que tem
obra por todo canto. É uma obra que a prefeitura não fez os estudos
necessários, não se interessou sequer em pedir as licenças ambientais,
apresentando a documentação necessária.
O prefeito e seu
candidato, Paulinho Freire, de forma extremamente truculenta, foram na
porta do Idema. Quando ele fez aquilo, eu falei que esse jeito de
conseguir uma licença ia dar errado, muita gente disse que por isso eu
estava sendo contra a engorda. Mas a obra inicia e eles vão na jazida. A
jazida é o local de onde se vai tirar a areia do fundo do mar para
fazer a engorda. E não tinha areia suficiente.
Eu queria que as
pessoas entendessem a gravidade disso que aconteceu. Você tem um gasto
de dinheiro para fazer uma coisa que estava nítida, que não podia ser
iniciada, porque não tinha nenhum documento recente demonstrando a
disponibilidade. E ainda assim foi feito. É uma obra que o conjunto dela
custa mais de 100 milhões de reais.
É um crime o que ele está
fazendo com dinheiro público. Todo o gasto que foi feito para mobilizar o
início dessa obra, sem que ela pudesse ter iniciado, quem vai pagar o
povo de Natal? Então, é muita incompetência e oportunismo. Oportunismo
porque ele achava que tinha que começar agora.
Sinceramente, é
uma coisa que tem que ser apurada com muito cuidado, porque qual era o
interesse de ser [iniciada] no período eleitoral? Era para poder dizer
que estava sendo feito? Ou era até pior do que isso? Tinha a ver com os
pagamentos que a prefeitura ia fazer nessa época? É muito estranho. É
muita irresponsabilidade. Já nós vamos fazer a engorda da forma como ela
deve ser feita.
AGORA RN – Como alavancar o turismo?
Natália
Bonavides – A primeira coisa é a infraestrutura. Como é que você quer
receber um turista bem se o calçadão de Ponta Negra, que, de novo, é o
principal cartão postal, ele não tem uma escada decente para você descer
do calçadão para a areia? Uma rampa? Os trabalhadores de lá ficam
colocando sacos de areia para poder ter onde descer. Hoje, o setor
turístico tem duas reclamações que são muito frequentes.
A falta de
iluminação na cidade e o transporte. Para ter um setor de bares, de
restaurantes, de hotéis que funcione bem, tem que ter como trabalhador
voltar para casa depois que esses locais fecham. E o segundo eixo que
nós temos, além dessa infraestrutura da cidade, é de diversificar as
razões pelas quais o turista vem.
A nossa beleza natural é óbvia,
é a primeira razão. Mas olha o tanto de coisa que nossa cidade tem que
poderia ser melhor aproveitada. A Segunda Guerra Mundial teve episódios
muito relevantes que foram em Natal. Nós não temos um turismo histórico,
um roteiro de turismo histórico. Não temos, por exemplo, uma utilização
do nosso rio Potengi como oportunidade de passeio.
Nós temos
como criar, a partir da ação da Prefeitura, novos nichos turísticos. A
gente tem um projeto no plano de governo que é o Natal Cidade Acessível
para o Turista. Se nós fizermos ações de adaptação dos pontos turísticos
das nossas praias para mobilidade e acessibilidade, inclusive eu mandei
uma emenda para o Corpo dos Bombeiros que é para o praia acessível, vai
ter inclusive cadeiras anfíbias para cadeirantes poderem tomar banho de
mar.
É uma série de medidas que fazem com que uma pessoa com
deficiência que queira viajar, por exemplo, passe a considerar Natal
como um destino prioritário. E principalmente, o turismo integrado com a
comunidade. Hoje tem em Natal experiências como as rodas de samba e as
festas religiosas. Tanta coisa que acontece na cidade e que a prefeitura
não busca integrar com o setor turístico.
AGORA RN – A sra. acredita que o alinhamento entre o Governo do Estado e o Governo Federal pode colaborar com a prefeitura?
Natália
Bonavides – Natal tem agora uma ótima oportunidade de ter uma
potencialização dos recursos que venham para cá. Hoje nós estamos
vivendo um momento no país em que o governo Lula está buscando
reconstruir várias das políticas que o governo Bolsonaro e o governo
Temer tinham destruído. E muitas dessas políticas envolvem investimentos
em infraestrutura.
No final do ano passado, saiu o edital do
PAC, Programa de Aceleração do Crescimento. E a Prefeitura de Natal
sequer tinha projetos prontos o suficiente para aproveitar todas as
oportunidades que foram abertas. Foram enviadas algumas coisas. E a
nossa cidade, inclusive, vai receber. Deixou de receber três creches
novas porque tem dez creches inacabadas. Mas se você tivesse um mínimo
de planejamento, a prefeitura tinha que ter proatividade para buscar
cada ministério, se informar sobre o que estava para ser aberto,
preparar os projetos.
No nosso governo, não vai ter um centavo de oportunidade que a gente deixe de trazer para Natal.
AGORA
RN – Recentemente saiu uma pesquisa mostrando Carlos Eduardo e Paulinho
Freire quase empatados. Mas você acredita no segundo turno com a sua
presença?
Natália Bonavides – O segundo turno vai ser
com a minha presença. E nem o próprio Paulinho Freire acredita nessa
pesquisa da Consult. Inclusive, chega a ser engraçado, porque a forma
como eles demonstraram nas suas próprias contas eleitorais que fizeram
pagamentos a essa empresa, pagamentos que não correspondem ao preço de
pesquisas, deixou ainda mais escrachado como eles estão com a relação,
que não é nada republicana e que divulgou um resultado que, eu estou
dizendo porque estou andando todo dia em um bairro diferente, que
ninguém caiu nessa, ninguém caiu nessa.
Na verdade, isso vem de
um aperreio de ver que a nossa candidatura está tendo um crescimento
substancial e de forma rápida. Isso é verdade, isso está acontecendo
mesmo. E eu não sei com qual dos dois eu vou estar [no segundo turno],
mas eu vou estar. E eu sei que historicamente as pesquisas falharam
muito e identificaram os votos petistas na nossa cidade. Nós temos
vários exemplos. Em 2012, com o deputado Mineiro e em 2020 com o
ex-senador Jean Paul.
AGORA RN – Já há uma data para a vinda do presidente Lula?
Natália
Bonavides – Lula está com a agenda bem apertada, mas a equipe dele, a
assessoria dele, segue dizendo que ele está buscando encaixar essa data.
Eu acho que as pessoas, além de terem esse reconhecimento do bom
trabalho que ele fez nas outras gestões e está fazendo agora, elas
também anseiam para que Natal tenha essa mesma oportunidade.
AGORA RN – Qual é o cenário atual de Natal e como será nos próximos quatro anos?
Natália
Bonavides – Hoje o cenário de Natal é triste, porque se você lembrar,
há uns 20 anos a nossa população tinha uma autoestima diferente, todo
mundo olhava para os estados vizinhos, para as capitais vizinhas, e
tinha muito orgulho de dizer que Natal era o lugar que todo mundo queria
morar, que era um lugar que você podia ter uma vida tranquila ao mesmo
tempo que tinha oportunidade, e a gente achava que era um potencial que
em poucos anos ia projetar ainda mais a gente, e isso tudo ficou pelo
caminho, ficou pelo caminho como resultado de gestões que desrespeitaram
o povo natalense e que fizeram governos que só se importaram com os
amigos ricos e poderosos dos prefeitos que lá estiveram. Então, essa
sensação de estagnação que as pessoas sentem e comparam com João Pessoa,
Fortaleza e Recife, não é só uma sensação subjetiva. Olha os dados do
IBGE. Você vai ver que o nosso PIB tem desacelerado, o nosso nível de
desemprego é bem maior do que a média nacional. Nós estamos num processo
de desindustrialização, enquanto aqui do lado o João Pessoa está
conseguindo atrair novos investimentos.
As oportunidades foram
para outros lugares, porque prefeitos que se acomodaram em governar
somente para benefício próprio, para projetos pessoais de poder, não
tiveram uma olhada e visão de futuro. Mas esse ano a gente tem uma
oportunidade, e eu sei que, daqui a quatro anos, eu como candidata à
reeleição para a Prefeitura do Natal, a gente vai ter uma cidade que já
vai ter índices bem melhores na educação, que já vai ter conseguido ter
um sistema de transporte que seja funcional para o seu povo, que vai ter
aumentado a cobertura de saúde. Natal vai ter um melhor desenvolvimento
econômico.>Quer ficar ligado em tudo o que rola no quadradinho? Siga o
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