Com eleição marcada para o dia 24, candidatos apresentam propostas para mitigar dívidas trabalhistas do clube
Duas chapas estão na disputa pela presidência: Irapoã Nóbrega e Fábio Freire; Eduardo Machado e Judery Fonseca / Foto: Rennê Carvalho / ABC
Com a eleição marcada para o dia 24 de novembro, o ABC
tem dois nomes disputando a presidência: Dudu Machado e Irapoã Nóbrega.
Ambos os candidatos querem focar na gestão financeira e na valorização
do sócio-torcedor na próxima gestão do clube. A chapa “ABC, a Paixão que
Nos Move” é liderada por Irapoã Nóbrega como candidato a presidente
executivo, com Fábio Freire como vice-presidente. Já a chapa “ABC +
Forte” lançou Eduardo Machado para a presidência e Judery Fonseca para a
vice-presidência.
Irapoã Nóbrega elogiou a administração atual
de Bira Marques neste quesito. “Hoje o clube vem fazendo saneamento das
dívidas, principalmente das trabalhistas. A gestão pegou em torno de R$
18 milhões de dívida trabalhista, mais de 150 ações. Está Vai entregar
com 24, ou seja, de 150 baixou para 24 ações trabalhistas”, comentou
ele, em entrevista nesta segunda-feira 18 ao Jornal 91, da 91 FM.
Para
ele, o ABC já está bem mais equilibrado que em anos anteriores. “Hoje a
gente vai continuar mantendo essa linha de saneamento das dívidas, já
dá para fazer realmente um time mais competitivo para o ABC, é o que o
torcedor quer”, frisou.
Irapoã Nóbrega falou sobre os novos
planos para o sócio-torcedor. “É sazonal, porque se o futebol vai bem, o
torcedor se associa. Porém, hoje, o ABC só tem apenas os jogos de
atrativo. Esse sócio-torcedor precisa de mais aproximação, precisa de
eventos, descontos em redes, no comércio em geral. Pretendemos atrair o
torcedor para o próprio Frasqueirão. Seja com samba, seja com um dia de
lazer, com eventos sociais”.
O candidato revelou ainda que
pretende utilizar, pelo menos, 30% dos jogadores da base do clube. “A
gente sabe que a base do ABC revela vários talentos, o ABC tem ganhos
com essas revelações”. Irapoã Nóbrega afirmou ser a favor da adoção de
uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol) para o ABC, mas destacou que o
modelo precisa ser estudado para garantir que o clube continue
protagonista em suas decisões. Ele citou o exemplo do Vasco, onde a SAF
controla totalmente o departamento de futebol, como algo que não deseja
para o ABC.
Segundo Irapoã, a marca do clube é muito valiosa e
deve ser preservada com autonomia. “A gente precisa que o ABC seja
protagonista, que a palavra final seja do próprio ABC, porque a marca é
muito valiosa, então a gente tem que trabalhar em cima dela”.
Diretoria afastada da torcida. Já para o candidato
Eduardo Machado, a atual diretoria do clube tem se afastado da torcida.
“Quando eu falo torcida, não me refiro só a torcidas organizadas, é a
torcida como um todo. A gente pretende ter uma relação de parceria,
queremos trazer o torcedor de volta para o Frasqueirão. A gente tem
visto aquele torcedor histórico se afastando do estádio”, pontuou ele,
em entrevista nesta segunda 18 ao programa Jornal da Cidade, da 94 FM.
Eduardo
Machado quer focar na profissionalização. “Acho que o ABC não pode
mais, nos dias de hoje, pelo seu tamanho e pelo que representa no
cenário no futebol do Rio Grande do Norte, do Nordeste e no Brasil, ser
um clube de gestão amadora como ainda acontece. A profissionalização é
um ponto de fundamental importância em nosso plano de gestão”, destacou.
Outro
debate promovido por ele é a governança. “O ABC precisa ser um clube
mais transparente. As coisas que são feitas no ABC não são divulgadas da
maneira que eram para ser divulgadas. Vou dar um exemplo: o ABC
negocia, por exemplo, um jogador da categoria de base e a gente fica
sabendo pela imprensa do outro estado o valor da negociação, porque nem a
imprensa daqui consegue ter acesso. Acho que é um direito do torcedor
ter essa informação, até para gerar mais confiabilidade”.
O
candidato disse que, se for eleito presidente do clube, contratará uma
auditoria para identificar a dívida do ABC. “Como eu vou fazer um plano
de pagamento de dívida se eu não sei o valor real?”, questionou.
Eduardo
Machado destacou ainda a necessidade de reposicionar a marca do ABC,
que, apesar de forte, não tem sido bem gerida. Ele afirmou que o clube
precisa oferecer retorno efetivo a patrocinadores, indo além de estampar
logotipos e implementando estratégias que valorizem a marca e aumentem
sua receita. Como exemplo, citou o modelo de licenciamento do Fortaleza,
que fatura milhões ao comercializar produtos personalizados com a marca
do clube.
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