
No Rio Grande do Norte, em 2023, dos 167 municípios, 81 (48,5%) ainda utilizavam lixões a céu aberto; apenas 17 municípios têm coleta seletiva de resíduos sólidos, equivalente a 10,2% e 150 (89,8%) não tem nenhum instrumento legal que trate da coleta seletiva.
Além disso, 64,7% das cidades (108) já possuíam Política Municipal de Saneamento Básico implementada, enquanto 17,4% (29) ainda não tinham nenhuma medida estabelecida e 17,9% (30) estavam em processo de elaboração.
Os dados são do Suplemento de Saneamento da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC) 2023, divulgados na manhã desta quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre os municípios potiguares, apenas 16,2% dos municípios possuíam
um Conselho Municipal de Saneamento Básico exclusivo, enquanto 11,4%
integravam essa função a outras políticas públicas, e a maioria (72,4%)
não contava com nenhum conselho. No que se refere aos aterros sanitários
no Estado, são 38, e aterros controlados são 67.
O levantamento também aponta que 59,3% dos municípios potiguares já
implementaram Planos Municipais de Saneamento Básico (PLMSB), abrangendo
áreas como esgotamento sanitário, abastecimento de água, limpeza urbana
e drenagem de águas pluviais.
Apesar disso, 23,3% ainda estão em
processo de elaboração e 17,4% não possuem esse planejamento,
comprometendo a efetividade das políticas públicas no setor. Municípios
com PLMSB também relataram iniciativas como diagnósticos sobre o impacto
do saneamento na qualidade de vida (41,1%) e estabelecimento de metas
de universalização dos serviços (52,1%), embora desafios significativos
permaneçam na implementação e monitoramento dessas ações.
Outro dado é que apenas 2,4% das cidades possuem políticas municipais
de educação ambiental voltadas ao saneamento básico, enquanto 71,2%
carecem completamente dessa iniciativa. Programas de educação para
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos são fundamentais para
fomentar práticas sustentáveis, mas sua ausência em grande parte do
estado reflete um panorama crítico de conscientização ambiental. Além
disso, a implementação de soluções baseadas na natureza no manejo de
águas pluviais é igualmente escassa, sendo adotada em apenas 14,4% dos
municípios.
Tribuna do Norte
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