Atacante marca em 2 a 2 com o Vitória no Maracanã, pelo Brasileiro
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Não seria Gabigol se não tivesse gol dele na própria despedida. Não
seria Gabigol se, na homenagem feita pelo Flamengo, o atacante ignorasse
dirigentes, recusasse uma foto com o presidente, e apontasse para a
torcida, antes de abraçar seus familiares. Não seria Gabigol se não
fosse imprevisível. Se não fosse predestinado. E se não fosse o
Flamengo, sua Nação e o Maracanã.
O atacante se despediu neste domingo como o maior ídolo de uma geração.
No Maracanã lotado especialmente para ele, já que a equipe não tinha
mais pretensões no Brasileiro, o jogo com o Vitória foi o de menos. O
roteiro do empate em 2 a 2 depois de sair atrás foi todo perpassado por
Gabigol. O atacante recebeu grande homenagem, com direito a mosaico e
pedidos para que não vá embora. Além dele, Ayrton Lucas marcou.
Alerrandro e Jaderson descontaram para os visitantes.
Em fim de contrato e a caminho do Cruzeiro, Gabi mais uma vez fez jus
ao apelido de predestinado, mas sua história está escrita e tem
capítulos bonitos e inesquecíveis ao longo dos últimos cinco anos e mais
de 150 jogos. O último, veio com mais uma dose de personalidade em
relação à diretoria do Flamengo, que propôs a renovação por só um ano, e
acabou hostilizada pelos rubro-negros.
Após receber uma placa das mãos do presidente Rodolfo Landim, Gabriel
se juntou aos seus familiares presentes no Maracanã, e aplaudiu só a
torcida, se recusando a posar para fotos com os dirigentes. Nesse
momento, a arquibancada pulsou, com direito a xingamentos a Landim, e
pedidos de "fico" para Gabigol. Em campo, o camisa 99 teve uma chance no
primeiro tempo que arrancou o suspiro da arquibancada, em um chute de
fora da área. Esteve apagado, como há dois anos. O Vitória, por sua vez,
marcou com Alerrandro, em descuido da defesa em um lançamento longo.
Na volta do intervalo, para que os jogos da rodada recomeçassem juntos,
o árbitro aguardou para dar o apito inicial, e o telão do Maracanã
focou em Gabigol. Com um semblante sereno, e sorriso de canto de boca, o
atacante olhava em volta como se recapitulasse seus grandes momentos de
idolatria no clube. Faltavam 45 minutos para o fim de uma era, e Gabi
precisava terminar com chave de ouro, sair pela porta da frente, deixar
saudades. Não deu outra.
Mais recuado, caindo pela direita, como jogava em 2019 com Jorge Jesus,
o agora camisa 99 passou a participar mais do jogo. Em um dos recuos,
aos 13 minutos, fez o movimento de facão pelo lado direito, e recebeu
passe entre as linhas de Pulgar. Ajeitou o corpo, tocou na saída do
goleiro, e correu de braços abertos para um Maracanã em êxtase, que
nunca deixou de abraçá-lo.
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