
O governo Lula está preparando uma campanha publicitária de até R$ 50 milhões para esclarecer à população que não teve a intenção de tributar o sistema de pagamentos instantâneos (Pix), apesar da polêmica gerada pela Instrução Normativa da Receita Federal que previa o monitoramento de transações a partir de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas. A informação foi revelada por O Antagonista, que destacou que o governo decidiu investir na campanha publicitária após recuar em relação à medida.
A reunião para discutir a execução da campanha ocorrerá nesta segunda-feira, com a participação das quatro agências que atendem o governo federal: Calia, Nacional, Propeg e Nova. O governo solicitou o pacote publicitário na última sexta-feira, depois de revogar a Instrução Normativa, que gerou grande controvérsia.
Além desse investimento em propaganda, membros do governo Lula iniciaram uma ofensiva contra deputados e senadores que criticaram o monitoramento do Pix. Entre as ações, o presidente Lula editou uma medida provisória na quinta-feira para impor multas a quem cobrar taxas adicionais para pagamentos via Pix.
A polêmica em torno do Pix ganhou ainda mais força após a divulgação de um vídeo protagonizado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que alcançou mais de 200 milhões de visualizações nas redes sociais. No vídeo, Ferreira afirmou que “o Pix não vai ser taxado”, mas também sugeriu que o monitoramento das transações poderia abrir margem para uma futura cobrança. Esse comentário foi interpretado pelo governo como uma “notícia falsa”.
Em resposta, parlamentares como André Janones (Avante-MG) e Guilherme Boulos (PSOL-SP) tomaram medidas contra Ferreira e outros envolvidos no episódio. Janones anunciou a intenção de criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar Ferreira e outros membros do PL, enquanto Boulos pretende propor um projeto de lei para criminalizar a disseminação de informações falsas relacionadas à economia popular.
Essa reação do governo também inclui a figura do publicitário Duda Lima, que trabalhou em campanhas de Jair Bolsonaro e agora no apoio ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e é apontado como responsável pela peça publicitária que gerou grande repercussão.
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