Manifestações acontecem em todo o país e devem servir como teste para a propostas e para poder de mobilização da esquerda
O campo político da esquerda tenta, neste domingo (21/9), transformar a insatisfação popular com a anistia a envolvidos em atos antidemocráticos e com a PEC da Blindagem em mobilização nas ruas.
Manifestações em todo o país foram convocados por políticos, movimentos sociais, artistas e influenciadores e devem servir como termômetro do poder de mobilização da esquerda, que tem levado bem menos gente a seus atos do que a direita no passado recente do país.
Os atos ocorrem após o avanço da Blindagem e da anistia (ainda que em uma versão light) na Câmara. A urgência do texto da Anistia foi aprovada na última quarta-feira (17/9), por 311 a 163 votos. Em seguida, o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) foi designado relator pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Personagens influentes no campo da esquerda estão à frente da mobilização, como o político Guilherme Boulos, deputado federal pelo PSol de São Paulo. No Rio, onde haverá ato em Copacabana, o cantor Caetano Veloso está envolvido na organização.
Em Brasília, a mobilização está marcada para 9h, na região do Museu da República.
Não está prevista a presença do presidente Lula ou de membros do governo do petista nos atos deste domingo.
Tramitação da Anistia
Apesar de o relator Paulinho da Força querer votar o PL da Anistia (ou PL da Dosimetria) já nesta semana, a oposição ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) resiste a um texto que não seja amplo.
Além disso, mesmo que o texto seja aprovado no plenário da Câmara atendendo às demandas dos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ainda precisará passar pelo Senado Federal antes de seguir para sanção presidencial. E a maioria dos senadores, assim como o presidente da Casa Alta, Davi Alcolumbre, também resistem a uma anistia ampla.
Outra dificuldade para uma anistia irrestrita é a possibilidade de que o Supremo Tribunal Federal (STF) barre a proposta por inconstitucionalidade. No entanto, ainda não há sinalização clara nesse sentido.
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