Reações no Rio Grande do Norte vão de críticas contundentes de aliados a comemorações entre políticos da esquerda após decisão do STF

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que decretou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste sábado (22), provocou forte repercussão entre lideranças políticas do Rio Grande do Norte. Aliados criticaram duramente a medida, enquanto nomes da esquerda comemoraram o que classificam como avanço no combate às ameaças à democracia.
Fátima Bezerra: “Baseada em elementos concretos de ameaça à ordem pública”
A governadora Fátima Bezerra (PT) afirmou que a medida cautelar aplicada a Bolsonaro ocorre diante de “indícios reais de risco à ordem pública”. Segundo ela, mesmo em prisão domiciliar, o ex-presidente “seguia atuando politicamente e estimulando manifestações de caráter intimidatório”.

“A Justiça cumpriu seu papel com serenidade e firmeza. Proteger a democracia é garantir um país justo e forte”, escreveu a governadora.
Natália Bonavides e Fernando Mineiro: “A justiça está cada vez mais perto”
A deputada federal Natália Bonavides (PT) destacou que, apesar de não se tratar ainda do início do cumprimento da pena pela tentativa de golpe de 2022, a prisão preventiva aponta para um desfecho próximo.
“A família Bolsonaro abandona seus seguidores com facilidade. Não é surpresa, mas sempre choca”, declarou.

O deputado federal Fernando Mineiro (PT) celebrou a decisão afirmando que se trata de “justiça sendo feita com o povo brasileiro”. Ele ressaltou que o ex-presidente foi detido por descumprir medidas cautelares, como a tentativa de violar a tornozeleira eletrônica, registrada pelo sistema de monitoramento do DF.

Oposição potiguar reage: “Abuso”, “injustiça” e “perseguição”
Entre aliados de Bolsonaro no Rio Grande do Norte e figuras da direita, a resposta foi de indignação.
O senador Rogério Marinho (PL) classificou a decisão como “abuso” e afirmou que a prisão preventiva “viola a lógica jurídica e tem viés político”. Para ele, o ministro utiliza conceitos “vagos”, como risco democrático, para justificar a medida.

Já o deputado General Girão (PL) chamou a prisão de “injustiça intolerável” e disse que a data – 22 de novembro – seria “uma provocação”. Ele também classificou a ação como “escárnio contra a democracia”.
A deputada Carla Dickson (União Brasil) fez críticas diretas a Moraes, chamando-o de “ditador”, e convocou apoiadores de Bolsonaro a “pararem o país” e se mobilizarem por “anistia já”.

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